terça-feira, 28 de julho de 2009

Pra que existimos?

Muitas vezes nos perguntamos pra que vivemos, porque existimos, qual o significado de estamos aqui? Mais que um texto filosófico, isso é uma resposta completamente pessoal, fruto de minhas vivências, experiencias e intuições diarias a respeito daquilo que penso ser nosso estado aqui.

Sendo direto, penso que estamos aqui para uma evolução, evolução do nosso próprio estado de consciência e também, especialmente no caso dos estudiosos de todas as áreas, para uma evolução em um nivel muito mais global, permitindo assim um crescimento do desenvolvimento pessoal de cada indivíduo que se depara com as descobertas e teses que são lançadas à sóciedade.

Teorias que atrapalham essa evolução também são apresentadas, e normalmente vendidas com uma "roupagem" bem mais agradével que as outras. Tal coisa se dá pelo fato de que parecem ao entendimento dos que a recebem mais faceis e menos rigorosas em se executar, de modo que, em contrapartida, as teorias que elevam o estado de consciência de fato, exigem mais dos que se propõem realizá-las.

Afinal, porque acontece desse jeito? Se as teorias nos permitem uma evolução do pensamento e, consequentemente uma melhora das atitudes para com os quais nós convivemos, que motivo há para serem executados por poucos? A resposta a meu ver é simples, podendo encaixá-la em uma palavra apenas, qual seja, DESCONFORTO.

Ora, idéias que nos obrigam mudar a perspectiva e analisar outras possibilidades que não estamos acostumados geram esse dito desconforto, nossa tendência sem ao menos notar é rejeitá-las sem sequer atentar se há uma coerência ou não na sua estrutura de execução.

Foi assim ao longo de toda história, se nos atermos apenas na Filosofia, veremos Sócrates ser condenado ao suicidio apenas por mudar um estado de coisas, ou seja, por aclarar o entendimento dos jovens sobre o que de fato importava na busca para uma pólis melhor.

Não deixou de ser diferente quando disseram que a Terra não era plana, que ela não era o centro do universo, que não seria o Sol o centro do universo ou mesmo que nosso sistema não era o único.

Nós nos prendemos a conceitos e lhes atribuimos existencia e veracidade absoluta sem ao menos ter dados que nos garantam tal coisa, aceitamos os dados apresentados como sendo a melhor resposta possível e os tornamos a única e ultima resposta. Para quem discorde disso apresento mais uma vez o caso de Sócrates, rememoro Galileu, Giordano Bruno, Kepler, no campo da física e da astronomia especialmente. No campo moral, religioso ou não, a figura de Jesus parece ser a mais contundente no que se trata a intolerância por uma postura nova, atrevendo-me compará-lo a Sócrates, dadas as devidas proporções.

Somos acomodados, acreditamos em coisas porque nós nos condicionamos a elas, atribuimos o certo e o errado nas coisas que não existem tal julgamento, julgamos o desconhecido e não abrimos nossos olhos para o novo. Isso porque todas essas novas idéias, perpectivas, teorias e o que mais encontrar no campo das possibilidades de avanço da consciência e do entendimento nos causam DESCONFORTO.

Contudo, é o DESCONFORTO que faz e fez a civilização humana progredir. Esse mérito se deve aos homens e mulheres que não se acomodaram ao longo da história. Colombo, Galileu, Sócrates, Joana D'Arc, Jesus, Einsten, Buda, Madre Tereza, Luter King, Mandela, Zumbi dos Palmares e varios outros desconhecidos que no Brasil morreram por acreditar num ideal de liberdade. Sujeitos que não acomodaram, não se fecharam ao DESCONFORTO. Eles aceitaram que deveriam lutar contra esse desconforto, não dando as costas e fazendo o que comumente se faz, o convencional, o rotineiro, foram além em busca de novas respostas, de um novo estado de coisas.

Afirmo que esse estado de coisas nunca é permanete e sempre transitório como bem afirmou Heráclito ao dizer que a mudança é a essencia das coisas, portanto, eu digo que somos autores de nossa história e, uma humanidade melhor amanhã é fruto dos que a fazem hoje. Mais do que um discurso melancólico e pessimista, é o desejo de com ideias que nos fazem evoluir, levar a diante um projeto que não é meu, não é recente, não é de responsabilidade de um único ser sobrenatural e mistico.

A resposta do pra que existimos é muito simples aos meus olhos, EVOLUÇÃO, do pensamento, da sociedade e sua organização e relacionamento, relacionamento dos niveis mais intimos aos mais estruturais da ordem social. Estabelecer ordem onde é há o caos não é viável, apenas estabelecer organização. Organização que se altera, se modifica, do mesmo modo que um elétron muda de camada pelo desconforto eletrostático, "assim caminha a humanidade" ou pelo menos deveria e deverá caminhar se de fato pretender um estágio elevado em suas estruturas elementares, religião, família, trabalho, lazer, relacionamento amoroso ou amizades.

Que o DESCONFORTO nos faça EVOLUIR como humanidade, buscando o melhoramento de nossos co-habitantes em suas diversas manifestações sociais e culturais.

domingo, 26 de julho de 2009

Sobre um método.

Uma das dúvidas que se segue a quem se interesse minimamente por Filosofia é como proceder, de que modo faço Filosofia; qual o método? Não é simples, não é rapido, nem tão pouco há uma receita como a de bolo da vovó.
Àquele que se proponha fazer Filosofia se pede esforço e dicação como dito já em outra oportunidade. Contudo, o mais prudente ao estudioso é buscar todos os meios para fundamentar sua resposta, restringindo ao máximo seu objeto de estudo, fazendo assim que sua pesquisa não seja ampla por demais, dificultando e atrazando assim os resultados, o que consequentemente torna cansativa a tarefa pretendida.
Levantar o problema é o primeiro passo, do modo mas restrito quanto possível, segue-se então uma hipótese que se pretenda corroborar no decorrer do trabalho. Feito isso é preciso nuscar as leituras que auxiliaram nesse processo. Um ponto é importante nessa seleção dos textos, não se deve apenas buscar escritos que sejam simpaticos ao seu tema de pesquisa. É tão importante a busca de teorias contrários quanto as que lhe são caras.
O desenvolvimento é algo que dever ser feito de modo claro e sistemático, sendo fiel às convicção pretendidas, sem a intenção de agrado a quem quer que seja, nem mesmo as suas próprias se for o caso. Contudo, cada escritos tem seu modo de produzir, um estilo de escrita, mas clareza na demosntração das idéias é uma tarefe que deve ser buscada a todo custo. Não é um texto ilegivel, rebuscado e cheio de supostas idealizações complicadas que fazem um texto filosófico, é a simplicidade dos termos e a possibilidade de o leitor entender tudo que está escrito, o que você pretende, quais ideias se defente e quais se ataca.
Outros pontos em outra oportunidade dicutiremos.